A fininho Serviços de Topografia esta cada vez mais inovando seus trabalhos utilizando as tecnicas de aerofotogrametria
Veja a seguir as atualizações das normas determinadas pelo DECEA.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é o órgão responsável por liberar as operação com drones no Brasil. Recentemente o DECEA publicou três novas AICs – sigla em inglês para Circular de Informações Aeronáuticas – que regulamentam os procedimentos e responsabilidades necessários para o acesso ao espaço aéreo brasileiro por drones.
A AIC-N 17/18 regulamenta procedimentos para acesso ao espaço aéreo por aeromodelos. Já a AIC-N 23/18 regula as operações dos Órgãos ligados aos Governos Federal, Estadual ou Municipal com drones, enquanto a AIC-N 24/18 é voltada aos Órgãos de Segurança Pública (OSP), da Defesa Civil (DC) e de Fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB).
Entre 15 a 17 de maio, em São Paulo (SP), o DECEA teve participação de destaque na feira DroneShow e MundoGEOConnect 2018. O DECEA contou com um estande na feira, onde técnicos do Departamento estiveram a disposição para tirar dúvidas dos usuários de aeronaves remotamente pilotadas.
As tecnologias para obtenção de dados topográficos continuam em constante evolução, com o surgimento dos drones, dentre as diversas opções de equipamentos e métodos de levantamento existentes, surgem os dilemas: é viável realizar levantamentos com drone? E qual a diferença dos dados obtidos pelo drone em relação aos outros equipamentos? Essas e outras dúvidas surgem por parte de gestores e profissionais atuantes na área de engenharia que participam ativamente da tomada de decisão nas empresas.
É fato que, apesar do surgimento de vários aparelhos mais sofisticados, em diversos casos eles se não se substituem, na verdade, é preciso analisar a real necessidade de cada projeto para então escolher a melhor forma de obter os resultados esperados, seja por fatores relacionados a economia, qualidade ou produtividade.
Existem situações em que as empresas contratam os serviços topográficos, e também há empresas que adquirem os equipamentos e montam equipes com toda a estrutura de materiais e softwares para realizar os trabalhos topográficos. Em ambas as situações, é fundamental um estudo sobre a melhor estratégia para alcançar eficiência na execução dos serviços especializados de engenharia.
A seguir serão abordados breves conceitos sobre os principais aparelhos utilizados em métodos tradicionais atualmente no mercado (Estação Total e RTK), e também haverá uma discussão sobre as diferenças entre a topografia tradicional e topografia com drones para os levantamentos planialtimétricos.
Estação Total
Estação Total é um equipamento que possui características eletrônicas e mecânicas que são capazes de coletar e armazenar dados de medidas de ângulos e distâncias que são calculadas com o propósito de gerar pontos com coordenadas (X, Y e Z) a partir de pontos topográficos ou estações geodésicas conhecidas.
Com Estação Total, é possível produzir levantamentos planialtimétricos com precisão milimétrica, executar materializações em campo e outros diversos trabalhos de engenharia. Com a evolução da tecnologia, surgiram também equipamentos com medição sem prisma, que são capazes de coletar pontos onde os prismas não alcançam, as Estações Totais Robóticas, que executam serviços sem a necessidade de manuseio por trás do equipamento, e também os Lasers Scanners, que são a evolução das Estações Totais, que coletam de milhares de pontos por segundo, podendo gerar uma nuvem de pontos com muita precisão e com agilidade nos levantamentos
Sistema GNSS RTK
Um Sistema GNSS RTK, conhecido também como GPS RTK, é um conjunto de equipamentos eletrônicos capazes de coletar dados geoespaciais transmitidos por satélites a fim de obter coordenadas precisas, tanto em modo estático (pós-processado) como em modo RTK (Real Time Kinematic). São compostos por 02 (dois) receptores GNSS (base + rover), rádio de comunicação, coletor de dados, cabos de comunicação e acessórios de fixação.
O referido equipamento é necessário para execução de levantamentos e locações de pontos através do processamento de sinais recebidos por satélites. Os dados obtidos pelo sistema são utilizados para elaboração de plantas de levantamentos planialtimétricos, materializações de projetos em campo e outros diversos trabalhos úteis para engenharia.
Quanto à qualidade dos dados em levantamentos planialtimétricos, o RTK possui precisão centimétrica, enquanto que com Estação Total a precisão é milimétrica, porém, em relação à produtividade, o RTK se destaca, pois é possível coletar mais pontos em curto espaço de tempo e não necessita de mudanças de estação por falta de visibilidade como ocorre com a Estação Total. E há também uma redução do custo de operação, pois necessita de menos mão de obra para o seu manuseio, embora ambos necessitem de ocupação física em cada ponto coletado.
Observemos que com o Sistema GNSS (em modo estático e não RTK) gera precisão milimétrica, mas para isso, o aparelho precisa permanecer horas rastreando informações de apenas um ponto, ou seja, não é um método para levantamentos planialtimétricos, e sim para gerar estações de partida que são usados em diversos trabalhos topográficos. Enquanto que, através do rádio de comunicação (em modo RTK), os receptores podem fazer as correções em tempo real, sem necessitar processar os dados no escritório, reduzindo assim o tempo do trabalho no campo.